Página:O Tronco do Ipê (Volume II).djvu/66

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A noite vai escura, mas serena. O céu estofado de um azul profundo não venda a trepidação das estrelas, cuja luz filtra como através de um cristal fosco.

A viração, que anuncia o quarto d'alva, hálito suave da manhã, começa a ramalhar enredando-se pela copa dos cafezais em flor. Como se os ares se adelgaçassem nessa hora puríssima de conceição, em que a terra sempre virgem e sempre mãe desabrocha flores e frutos; os murmúrios do arroio, antes abafados pela calada da noite, rumorejam agora entre os gazeios da aragem.

A Fazenda do Boqueirão jaz em completo sossego.