Página:O demônio familiar.djvu/101

Wikisource, a biblioteca livre

PEDRO – Sr. Azevedo, não faz ideia. Esse velho, hi!... Tem feito coisas...

AZEVEDO – Vem cá; dize-me o que sabes, e dou-te uma molhadura.

PEDRO – Pedro diz, sim senhor; mesmo que V.M.ce não dê nada. É um homem que ninguém pode aturar... Fala mal de todo o mundo. Caloteiro como ele só. Rapé que toma é de meia cara. Na venda ninguém lhe dá nem um vintém de manteiga. Quando passa na rua, caixeiro, moleque, tudo zomba dele.

AZEVEDO – Um sogro dessa qualidade!... É uma vergonha! Vejo-me obrigado a ir viver na Europa!... PEDRO – Pedro já vem!... (Vai à porta e volta.) Filha dele, sinhá Henriqueta... Mas Sr. Azevedo vai casar com ela!...

AZEVEDO – Que tem isso? Gosto de conhecer as pessoas com quem tenho de viver.

PEDRO – Pois então, Pedro fala; mas não diga a ninguém.

AZEVEDO – Podes ficar descansado!

PEDRO – Sr. Azevedo acha ela bonita?

AZEVEDO – Acho;