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AZEVEDO (dando fogo a ALFREDO) – Pedro, amanhã vai à minha casa; tenho uns livros para mandar a Eduardo.

PEDRO – Sim, senhor. A que horas?

AZEVEDO – Depois do almoço.

CENA XIII

ALFREDO, AZEVEDO

ALFREDO – É raro encontrá-lo agora, Sr. Azevedo. Já não aparece nos bailes, nos teatros.

AZEVEDO – Estou-me habituando à existência monótona da família.

ALFREDO – Monótona?

AZEVEDO – Sim. Um piano que toca, duas ou três moças que falam de modas; alguns velhos que dissertam sobre a carestia dos gêneros alimentícios e a diminuição do peso do pão, eis um verdadeiro tableau de família no Rio de Janeiro. Se fosse pintor faria um primeiro prix au Conservatoire des Arts.

ALFREDO – E havia de ser um belo quadro, estou certo; mais belo sem dúvida do que uma cena de salão.