Página:O demônio familiar.djvu/113

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HENRIQUETA – E se recusar?

EDUARDO – Então respeitaremos sua vontade.

HENRIQUETA – Sim, ele é pai, mas...

EDUARDO – Mas o amor é soberano; não é isso, Henriqueta?

HENRIQUETA – E não se... vende!

EDUARDO – Que dizes? Compreendo!

HENRIQUETA – Não, Eduardo, não compreenda, não procure compreender! Foi uma ideia louca que me passou pelo espírito; não sei nada!... Uma filha pode acusar seu pai?

EDUARDO – Não; mas pode confiar a um amigo uma queixa de outro amigo.

HENRIQUETA – Pois bem, eu lhe digo. Meu pai deve a esse homem, e julgou que não podia recusar-lhe a minha mão, apesar das minhas instâncias. Lutei um mês inteiro, Eduardo, mas lutei só; e uma mulher é sempre fraca, sobretudo quando se exige dela um sacrifício!

EDUARDO – Tem razão; se lutássemos juntos, talvez...