Página:O demônio familiar.djvu/124

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CARLOTINHA – Qual?

HENRIQUETA – Tu és feliz, porque és livre, enquanto eu...

CARLOTINHA – Tu és correspondida, Henriqueta; Mano Eduardo te ama!

HENRIQUETA – E Alfredo, não te ama?

CARLOTINHA – Não sei, tenho medo; há quatro dias que não o vejo. Levo a contar as horas.

HENRIQUETA – Donde procede esta mudança? Fizeste-lhe alguma coisa?

CARLOTINHA – Eu?... Se procuro adivinhar os seus pensamentos!

HENRIQUETA – Entretanto, deve haver um motivo...

CARLOTINHA – Tenho querido me recordar, e só acho este. No domingo veio passar a manhã aqui; eu o deixei um momento para te escrever e voltei logo. Quando chamei Pedro para levar-te a carta; ele levantou-se de repente, despediu-se de mamãe, cumprimentou-me friamente, e desde então não o tenho visto. Ficou zangado comigo por ter saído um momento de junto dele.