Página:O demônio familiar.djvu/125

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HENRIQUETA – Não faças caso, isso passa. Hoje mesmo ele virá arrependido pedir-te perdão. Mas, a propósito da carta que me escreveste domingo, eu trouxe-a mesmo para brigar contigo, travessa! (Tira a carta.)

CARLQTINHA – Por quê? Pela sobrescrita?

HENRIQUETA – Essa é uma das razões. Para que escreveste "Madame Azevedo?" Não sabes que essa ideia me mortifica?

CARLOTINHA – Desculpa, foi um gracejo.

HENRIQUETA – Além disso, não tinhas outra pessoa por quem mandar a carta, senão ele?

CARLOTINHA – Ele quem? O Azevedo?

HENRIQUETA – Sim; foi ele que ma entregou.

CARLOTINHA – Mas não é possível; eu a mandei por Pedro; e recomendei-lhe que não a mostrasse a ninguém, mesmo por causa da sobrescrita!...

HENRIQUETA – Não compreendo, então, como foi parar nas mãos desse homem. Tive um desgosto... e um medo!... Tu falavas de Eduardo!