Página:O demônio familiar.djvu/24

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CARLOTINHA – Ora, mano não vem! Disse que voltava já!

PEDRO – De noite, baile de estrondo, como baile do Sr. Barão de Meriti; linha de carro na porta, até no fim da rua, e torce na outra; ministro, deputado, senador, homem do paço, só de farda bordada, com pão-de-rala no peito. Moça como formiga! Mas nhanhã pisa tudo; brilhante reluzindo na testa como faísca, leque abanando, vestido cheio de renda. Tudo caído só, com o olho de jacaré assim. E nhanhã sem fazer caso.

CARLOTINHA (rindo) – Onde é que tu aprendeste todas essas histórias, moleque? Estás adiantado!

PEDRO – Pedro sabe tudo!... Daí a pouco, música vom, vom, vom, tra-ra-lá, tra-ra-lá-ta; vem ministro, toma nhanhã para dançar contradança; e nhanhã só requebrando o corpo! (Arremeda a contradança.)

CARLOTINHA – Ora, senhor! Já se viu que capetinha!

CENA VII

Os mesmos, JORGE

JORGE – Mana Carlotinha, Henriqueta está lhe chamando para dizer-lhe adeus.

PEDRO – Sinhá Henriqueta está ai?

CARLOTINHA – Ela