Página:O demônio familiar.djvu/44

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EDUARDO – Não; não tenho vontade, deixa-me.

PEDRO – Sr. moço está triste porque sinhá Henriqueta vai casar!

EDUARDO – Moleque!

CARLOTINHA – Você sabia? Era dela mesmo que eu queria falar-lhe.

EDUARDO – Sabia; o seu noivo acaba de sair daqui.

CARLOTINHA – Um Azevedo, não é?

EDUARDO – Sim, um homem que, além de não amá-la, estima-a tanto como as suas botas envernizadas e os seus cavalos do Cabo!

CARLOTINHA – Mas você não sabe a razão desse casamento?

EDUARDO – Sei, Carlotinha. Um amor pobre possui tesouros de sentimentos, mas não é moeda com que se comprem veludos e sedas!

CARLOTINHA – Oh! mano, não seja injusto! Ela me contou tudo!