Página:O demônio familiar.djvu/60

Wikisource, a biblioteca livre

CARLOTINHA – Que fazes tu aí?

PEDRO – Oh! Pedro não está bom hoje, não; senhor está zangado.

CARLOTINHA – Por quê? Por causa de Henriqueta?

PEDRO – Sim. Pedro fez história de negro, enganou senhor. Mas hoje mesmo tudo fica direito.

CARLOTINHA – Que vais tu fazer? Melhor é que estejas sossegado.

PEDRO – Oh! Pedro sabe como há de arranjar este negócio. Nhanhã não se lembra, no teatro lírico, uma peça que se representa e que tem homem chamado Sr. Fígaro, que canta assim:

Tra-la-la-la-la-la-la-la-tra!!

Sono un barbiere di qualità!

Fare Ia barba per carità!...

CARLOTINHA (rindo-se) – Ah! O Barbeiro de Sevilha!

PEDRO – É isso mesmo. Esse barbeiro, Sr. Fígaro, homem fino mesmo, faz tanta cousa que arranja casamento de sinhá Rosinha com nhonhô Lindório. E velho doutor fica chupando no dedo, com aquele frade D. Basílio!

CARLOTINHA – Que queres tu dizer com isto?