a todo o mundo e arrancava estrondosos bravos a toda a rapaziada.
Reinaldo, que todo se embebia na contemplação dos encantos da Maroca, e que a rodeava de seus ardentes olhares, como um jacaré vigiando o ninho, não era dos mais alegres da festa.
Todavia o batuque continua, o frenesi recresce, as palmas fervem, e as umbigadas estouram cada vez com mais furor. Um cavaleiro apeia-se à porta da sala e bate.
Sem tomar a precaução de perguntar quem é, mestre Mateus vai imediatamente abri-la. Um belo rapagão de botas com grandes esporas de prata, chapéu à banda, chicote na mão e cigarro na boca se apresenta no limiar da porta.
— Oh! viva! bradou mestre Mateus; seja muito bem-vindo, compadre Gonçalino; já me tardava; por onde andou até agora? já não gosta da casa deste seu velho compadre?
— Entra, Gonçalo; ainda vieste a tempo; já estavas nos fazendo falta.
— O Sr. Gonçalo anda-se vendendo muito caro; já não há quem o veja; alguém o ofendeu nesta casa?
— Gonçalo, deixa de ouvir secas e cumprimentos; anda para cá; vamos a beber, folgar e dançar.
Todos estes cumprimentos e outros ainda eram dirigidos quase a um tempo a Gonçalo, que não podendo