O Escandalo do Petroleo
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rados fosseis indicativos de formações petroliferas; de derrames de asfalto, ou petroleo que perdeu por evaporação as partes mais leves; de eflorescencias de petroleo; de natas de oleo nos pantanos e cacimbas abertas; de emanações de gaz de petroleo. Até os bois sabem disso, pois se recusam a beber certas aguas, dizendo com os seus grandes olhos: “Isto é oleo”. Os bois matogrossenses sabem do petroleo do Xaraés. O Ministerio da Agricultura o ignora [1].
Mato Grosso tresanda a petroleo, súa petroleo, exsolve-se em petroleo. E não contente de denunciar petroleo por quantas juntas tem, ainda
- ↑ O governo que suprimir o Ministerio da Agricultura, e arrazar os casarões que ele ocupa, prestará ao
Brasil um serviço tremendo. O Brasil viveu desde Pedro
I até Nilo Peçanha sem ministerio da agricultura e por
isso prosperou, criou a lavoura do café e tudo mais de
que temos vivido até hoje. Chegamos a ter cambio acima
de 27. Ser lavrador era uma felicidade.
Um dia Nilo Peçanha, por capadoçagem, lembrou-se de criar aquilo — e nossas desgraças começaram. O parasita foi encorporado, foi emitindo tentaculos, foi se imiscuindo em tudo — nas culturas, para atrapalha-las; na criação de porcos, para burocratiza-la; na avicultura; na citricultura; na pomiculaura; em tudo que diz respeito a extrair coisas do solo. O lavrador coçou a cabeça. A “assistancia” daquele parasitismo começava a embaraça-lo seriamente. Depois a “assistencia” degenerou em “proteção” esse tremendo negocio de parasitas que acaba matando o parasitado. O cambio entrou a cair. De 27 desceu ao que está, pertinho de zero. Os credores não viram mais nenhum juro do seu dinheiro.
A tenia burocratica prosseguiu no seu desenvolvimento. Passou a invadir o subsolo. Tomou conta delle