Alonç. Ora guardelas Diós a boxas mixeas: boxa merxe indas que mal percude, hei o Xenhor Lambuza d’Arriosca?
Lamb. Sim, que me queres?
Alonç. Eu biengo a cá por mandamiento de xeu Compadre Timotheo.
Lamb. Ah, bem sei, queres-te accommodar.
Alonç. Apois taõ dexinquieto estoi eu?
Lamb. (Parece-me lorpa) pergunto, se queres servir?
Alonç. Eu num bim a oitra coisa da minha terra.
Lamb. Está bem, como te chamas?
Alonç. Eu num som o que me chamo, los oitros mios companheiros hei que me chamaõ a mim.
Lamb. (O Gallego he exquisito) como te chamaõ os outros?
Alonç. De muxas maneiras: huns me chamaõ com las manos axim (chamando com as mãos) oitros con la voca xio, xio; e muxos, aia cá, aia cá.
Lamb. (He selvagem sem mistura) quero saber o teu nome, maldito.
Alonç. De bagar, de bagar, que o mei num hei maldito.
Lamb. (Já me falta a paciencia) o teu nome, excommungado? o teu nome? És Alonço, Braz, Bento, ou…
Alonç. Eu xom Alonço do Carca Biana, axima de Tui a par de Bigos, para xerbillo.
Lamb. Está bom, chamas-te Alonço: e tens servido alguem nesta Cidade?
Alonç. Xenhor xim: quando eu bim da minha terra, mei Primo Vento do Cazal de vaicho prantou-me a xerbir hum Xenhor Negociante da Praxa da Estratula.
Lamb. Com que negociava esse teu Amo?
Alonç. Ui cos démos de tantas incrixões; bendía piuga em cantarinhas de varro; eu antonxes iba lá vuscar ao xinfariz, e andaba xempre a vradar pelo arraial = ora quiem la quiere viem fresca, fresquinha, quien la quiere vien fresca?
Lamb. Tudo he negocio! tudo he negocio! ora dize-me, tu sabes comprar?
Alonç. Cantéi ixo, como ninguro: quando xi quivravaõ las cantarinhas, iba ió por elhas a las Loixieiras.
Lamb.