Página:O jesuita - drama em quatro actos.djvu/127

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quando a vossa consciência perguntar-vos o que fizestes do apóstolo de uma causa santa? Correi atrás da felicidade, e achareis no fim do caminho o desprezo do vosso esposo e a maldição do Senhor.

CONSTANÇA (com desespero.) – Ah!

SAMUEL – Então reconhecereis que não blasfemo. (Pausa.)

CONSTANÇA – Que posso eu fazer? Inspirai-me, aconselhai-me! Eu vos obedecerei cegamente; mas não exigi de mim que deixe de amá-lo, porque é inútil! Mil juramentos que eu desse, uma só palavra dele os quebraria todos! Aceito qualquer sacrifício, menos o de esquecê-lo.

SAMUEL – E tereis força de repelir o homem a quem amais?

CONSTANÇA – Para que mentir-vos!... Ainda que o quisesse, não o poderia!

SAMUEL – Mas assim é preciso! Pela minha voz, Deus vo-lo ordena! Salvai Estêvão!