Página:O jesuita - drama em quatro actos.djvu/129

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CONSTANÇA – Oh!... Não me deis uma esperança para roubar-ma depois!

SAMUEL – A glória, o poder, a grandeza do homem amado não será a felicidade suprema da mulher que ama?

CONSTANÇA – Sim!

SAMUEL – Pois essa felicidade vós a tereis, Constança!

CONSTANÇA – Como? Falai!

SAMUEL – A Providência, minha filha, envia à terra de espaço a espaço alguns entes privilegiados, a quem ela comunica um raio de sua luz criadora; esses homens passam pelo mundo como meteoros; não tem família, nem amigos, nem afeições; devem caminhar só, envoltos em seu mistério, protegidos pelo seu destino. Deus só lhes deu de humano o corpo, que em luta com a razão, às vezes se revolta. O mundo julga que essas rebeliões da matéria contra a vontade que as domina são paixões! Não passam de desejos que consomem a carne, sem tocar o espirito! Sabeis o que deve fazer a mulher que teve a desgraça de amar um desses entes privilegiados?

CONSTANÇA – Não!... Se