Página:O jesuita - drama em quatro actos.djvu/130

Wikisource, a biblioteca livre

eu o soubesse!...

SAMUEL – Sacrifica-lhe todos os prejuízos da sociedade, entrega-se, e não pede em troca nem amor, nem gratidão.

CONSTANÇA – O que peço eu? Não sou sua esposa?!...

SAMUEL – Não podeis ser.

CONSTANÇA – Por que senhor?

SAMUEL – O gênio, já vos disse, não tem família, não tem esposa; ele colhe a beleza com vós colheis a flor; aspira o perfume e deixa-a murchar! Se a mulher que ama tem bastante coragem para amá-lo assim.

CONSTANÇA – Mas é a desonra que me propondes, senhor!

SAMUEL – Chamais a isso desonra? E que o seja! Resta-vos o orgulho e a felicidade de ter concorrido para uma grande concepção. O mundo repete o nome daquelas