O convento está cercado; tenho-vos a todos em meu poder; nenhum me escapará!
FR. PEDRO – São escusadas essas precauções; nenhum dos que vedes aqui, ministros da religião, abandonará a casa do Senhor, onde o seu dever lhe manda que permaneça.
CONDE – Para guardar as riquezas que tendes acumulado nos vossos cofres!...
FR. PEDRO – A riqueza que possuímos é uma consciência tranquila.
CONDE – Faltais à verdade, Reitor. Neste convento existe um tesouro avultado, que tantas lágrimas custou aos órfãos e às viúvas de quem o extorquistes.
FR. PEDRO – Os objetos de valor que existem nesta casa são os vasos e as sagradas imagens que servem ao culto do Senhor.
CONDE – Dizei antes que servem para conspirar. Mas iludiram-se! A Providência vela sobre o trono