cinco anos de existência tinham reduzido a cinzas este coração, e que nada mais o podia estremecer! Enganei-me!... Eu que sorria das paixões humanas, eu que jogava com a vida de milhares de homens, eu que vi impassível morrerem um a um todos os que me amaram na terra, achei enfim uma lágrima!... O grito de dor daquele menino despertou esta alma surda às procelas do mundo!
FR. PEDRO – Mas que tem isso com a salvação que nos prometestes?
SAMUEL – Esta salvação seria comprada com a sua felicidade, e eu não quero, não posso vê-lo sofrer. Amo-o como meu filho!
FR. PEDRO – Assim, sacrificais a religião a uma afeição pessoal?
SAMUEL – Sacrifico mais ainda!
FR. PEDRO – Desconheço-vos neste momento, Samuel!
SAMUEL – Eu mesmo não me reconheço! Uma força mais