Página:O jesuita - drama em quatro actos.djvu/172

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DANIEL – É desnecessário o vosso consentimento.

FR. PEDRO – Não vedes que é um assassinato?

DANIEL – É o meu dever; o doutor Samuel ordenou, eu obedeço.

FR. PEDRO (consigo.) – Que fanatismo, meu Deus!... Como aquela inteligência superior pode assim dominar esta consciência a ponto de fazer dela um instrumento cego da sua vontade!

DANIEL – Quereis absolver o homem?

FR. PEDRO – Nunca! Não serei cúmplice desse homicídio.

DANIEL – Pois bem ele morrerá impenitente, e carregareis com as suas culpas.

FR. PEDRO – Escuta; quero falar a Samuel.