Página:O jesuita - drama em quatro actos.djvu/189

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pés) Ei-lo; é um hábito? Podeis rasgá-lo; mas a ideia não morrerá, não! Ela fica plantada no solo americano; cada homem que surgir do seio desta terra livre será um novo apóstolo da independência do Brasil!

CONDE – Impostor!

SAMUEL – Conde de Bobadela, governador do rei de Portugal, eu te emprazo para daqui a um século. À voz possante de um povo saudando a sua liberdade, a tua sombra se erguerá do túmulo para admirar esse império que a Providência reserva a altos destinos. Não vês que o gigante se ergue e quebra as cadeias que o prendem? Não vês que o velho tronco de reis-heróis, carcomido pela corrupção e pelos séculos, há de florescer de novo nesta terra virgem, e aos raios deste sol criador?... Oh! Deus me ilumina!... Eu vejo!... Além... no futuro... Ei-lo!... Brasil! Minha pátria!...

CONDE – Soldados!... Prendei-o!

CORREIA – A quem?