Página:O jesuita - drama em quatro actos.djvu/19

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JOSÉ BASÍLIO – Como há de ser? Precisava falar-lhe sem demora.

INÊS – Há alguma coisa lá pelo convento? O que aconteceu?

JOSÉ BASÍLIO – Está tudo em uma balbúrdia, que ninguém se entende. Chegou-nos um capitão espanhol, uma espécie de ferrabrás que pôs toda a casa em alvoroto: e o padre Reitor mandou-me a toda a pressa entregar esta carta ao doutor Samuel.

INÊS – Que será, bom Deus? Talvez alguma das do Sr. Governador contra os santos padres de Jesus.

JOSÉ BASÍLIO – Decididamente não me dizes onde o acharei?

INÊS – Ora!... Aquilo é homem que nunca se sabe onde anda.

JOSÉ BASÍLIO – O verdadeiro é esperar. — Chega-te, filha.

INÊS – Já começa com as suas brincadeiras!

JOSÉ BASÍLIO – Não; agora trata-se de um objeto muito grave.