Página:O livro de Esopo fabulario português medieval.pdf/115

Wikisource, a biblioteca livre

vistir, vestir: xxi, 4.

võotade, vontade: xxii, 4. — Os oo são etymologicos: lat. vo(l)untate-.

vurmo: xxvii, 8, na expressão «o pastor .. tirou-lhe a espinha e muyto uurmo que já trazia», á qual corresponde no P.e Manoel Bernardes, Nova Floresta, ii (1708), 159-160, quando se occupa da mesma fabula: «tirey-lhe o abrolho, espremi-lhe o sangue pôdre e materias que já tinha criado», — d’onde se vê qual é a definição de vurmo. Ainda hoje dizemos esvurmar. — Fórma antiga, paralela a vurmo, é brumo. G. Baist, na Zs. für Rom. Philol., xxviii, iii, diz, sem probabilidade nenhuma, que tanto vurmo como brumo podem ter vindo do francês gourme.



ERRATAS DO VOCABULARIO

S. v. afaago: cfr. na lingoa moderna fàgueiro, onde à (por ser atono, mas aberto) testemunha a antiga duplicidade do a; está por faagueiro.

S. v. algo: cfr. muito algo nos Anciens Textes de Cornu, p. i.

Emende-se alguu em algũu.

O vocabulo armuzello talvez signifique no nosso texto «anzol».

No artigo corresponde a gançar, l. 1, emende-se guançoso em guanço-o.

S. v. mi: emende-se na l. 2 tenha sido em fosse.