Página:O mandarim (1889).djvu/162

Wikisource, a biblioteca livre
150
O MANDARIM

 

um recolhimento de cella. Acordava sempre ao toque de matinas. Em respeito aos velhos missionarios, vinha ouvir a missa á capella: e enternecia-me, alli, tão longe da patria catholica, n’aquellas terras mongolicas, vêr á clara luz da manhã a casula do padre, com a sua cruz bordada, curvando-se diante do altar, e sentir ciciar no fresco silencio — os Dominus vobiscum e os Cum spiritu tuo...

De tarde ia á escóla, admirar os pequenos chinezes declinando Hora, Horæ... E depois do refeitorio, passeando no claustro, escutava historias de longiquas missões, de viagens apostólicas ao Paiz das Hervagens, as prisões supportadas, as marchas, os perigos, as Chronicas heroicas da Fé...

Eu por mim não contei no convento as minhas aventuras phantasticas: