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Página:O mandarim (1889).djvu/63

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O MANDARIM
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casta recoberta de trepadeiras; e lembrava-me, pela graça e pelo airoso da cinta, tudo o que a Arte tem creado de mais fino e fragil — Mimi, Virginia, a Joanninha do Valle de Santarem.

Todas as noites eu cahia, em extases de mystico, aos seus pés côr de jaspe. Todas as manhãs lhe alastrava o regaço de notas de vinte mil reis: ella repellia-as primeiro com um rubôr, — depois, ao guardal-as na gaveta, chammava-me o seu anjo Tótó.

Um dia que eu me introduzira, a passos subtis, por sobre o espesso tapete syrio, até ao seu boudoir — ella estava escrevendo, muito enlevada, de dedinho no ar: ao vêr-me, toda tremula, toda pallida, escondeu o papel que tinha o seu monogramma. Eu arranquei-lh’o, n’um ciume insensato. Era a carta, a carta costumada, a