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Página:O mandarim (1889).djvu/94

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O MANDARIM

 

entregam ahi a mala a esses corredores mongolicos, vestidos de coiro escarlate, que dia e noite galopam sobre Pekin.

Camilloff enviava-me um poney da Manchouria, ajaezado de sêda, e um cartão de visita, com estas palavras traçadas a lapis sob o seu nome: «Saude! o animal é dôce de bôca!»

Montei o poney: e a um hurrah! dos cossacos, n’um agitar heroico de lanças, partimos á desfilada pela poeirenta planicie — porque já a tarde declinava, e as portas de Pekin fecham-se mal o ultimo raio de sol deixa as torres do Templo do Céo. Ao principio seguimos uma estrada, caminho batido do transito das caravanas, atravancado de enormes lages de marmore dessoldadas da antiga Via Imperial. Depois passámos a ponte de Pa-li-kao, toda de marmore branco, flanqueada de dragões arrogantes.