Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/137

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tempo de Saturnino interpor-se e ele, compreendendo a gravidade da luta, não se fez esperar.

Separam-se logo os discordes, um deles — Lourenço — com o pedaço do doce fruto disputado, o outro — Bernardina — com as mãos vazias.

— A cana não é para você, Lourenço — disse ela, resmungando com raiva. Eu a guardei par Saturnino.

— Ora, deixe-se disso — respondeu o endiabrado rapaz. saturnino ainda achou pouca a cajuada que lhe dei? Se quiser cana, vá corta-la na baixada. Esta é minha. Está doce que sabe já a açúcar.

Travou-se então um dize tu, direi eu que só teve fim quando os rapazes foram chamados pelos velhos para continuar o serviço interrompido. Ao sair para o pátio, Lourenço, pondo os olhos casualmente em Marianinha, achou-a pálida e séria como nunca a vira. A menina tinha a vista pregada na renda, como estava esta pregada na almofada pelos espinhos de cardeiro que nela serviam de alfinetes, segundo era de costume por esses tempos entre os pobres. Marianinha não teve mais para o seu noivo in peto olhares nem