Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/154

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Recife, e como não encontraram ai o governador, foram aquartelar-se em Olinda, senhores da situação. Caldas tinha fugido de véspera para a Baia sem Ter cumprido a sua promessa de embeber, antes de partir, a sua espada em corações pernambucanos.

Foi logo chamado a tomar as rédeas do governo, visto vir apontado na carta regia que prevenia as vacâncias, o bispo d. Manoel Alvarez da Costa que se havia retirado, em visita pastoral, para a Paraíba com o ouvidor dr. José Ignácio de Arouche pouco simpático aos do Recife por não Ter querido convir na ampliação do termo. D. Manoel volta a Olinda e assume o exercício do novo cargo em 15 de novembro. O primeiro ato do seu governo foi perdoar aos povos a sublevação e o tiro dado em Sebastião de Castro Caldas.

Como era natural, o perdão irritou os parciais do governador Caldas, os quais, não só pelos ódios próprios, mas também pelas reiteradas sugestões que lhes chegavam do mesmo governador para que, por sua vez, rompessem contra os do outro partido, assegurando-lhes que o rei não deixaria de levar a bem semelhante serviço, não pensaram senão em tomar estrondoso desforço. Ou porque acreditassem