Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/157

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profundo respeito; e se seu nome não vem apontado nas incompletas chronicas do tempo, como muitos outros, que não obstante pertencerem a notáveis sujeitos, ficaram inteiramente esquecidos, a tradição ainda o não deixou desaparecer de todo no pó onde jazem sepultados os que por circunstancias inexplicáveis não puderam sobreviver aos acontecimentos.

Recebendo a influencia do tempo, da educação, dos preconceitos inveterados e dos exemplos de todo o dia, a mulher de João da Cunha, d. Damiana, que procedia, como seu marido, de troncos limpos, não lhe cedia a palma em altivez, posto que de seu natural era branda e benévola.

Até a idade de 12 anos, D. Damiana morou, para assim escrevermos, em casa dos pais de João da Cunha. Sua mãe era parenta muito chegada do casal fidalgo, e costumava passar tempos no engenho onde moravam.

Quando ela morreu, d. Damiana não contava mais do que 15 anos. O pai desta tinha falecido dez anos atrás. Circunstancias especiais influíram diretamente para que, sendo ele um dos mais abastados agricultores do termo de Goiana, só deixasse por