Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/190

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quem queria embargar-lhe o passo. Estás gracejando, ou falas sério?

— Falo sério, seu Victorino. Vou-me embora.

— Ora, deixa-te disso. Hoje é noite de S. João.

— Por isso mesmo. Minha mãe está esperando por mim, e não é bonito que eu me deixe ficar aqui a divertir-me quando ela está com os olhos no caminho para me ver chegar. E Francisco ainda não voltou da viagem a cidade?

— Até eu sair para a vila, ela não tinha chegado. Mas prometeu que havia de vir comer conosco milho assado hoje de noite.

Pois então, se tens esta certeza, para que semelhante pressa? Assim que ele chegar, virá logo até cá.

— Ele não sabe que eu estou aqui.

— A comadre lhe há de dizer logo, e ele há de vir. Fica, rapaz. Precisamos de ti para cantares.

— Não posso, seu Victorino.

As filhas do almocreve, compreendendo o perigo em que se achavam, de perder tão boa