Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/191

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perna para a folgança, como era Lourenço, espontaneamente uniram seus pedidos ao do pai.

— Fique, Lourenço, fique, disse Bernardina.

— Deixe-se de escusas, acrescentou Marianinha timidamente.

Estas e outras instancias e intervenções determinaram afinal o rapaz a mudar de resolução, e a satisfazer aos rogos gerais.

Tratou-se então de principiar logo o samba. Esta providencia era aconselhadas pelo interesse comum. Era o meio de prender os hospedes a casa. Além disso não faltava nada para começar a dança. Uma das primeiras violas do lugar — o Chico Pedro; uma das primeiras vozes — Lourenço; os melhores dançadores — Nicolau e Roberto, estavam todos ali. Não faltava aguardente, nem milho verde, nem bolos. As raparigas mostravam-se bem dispostas, e algumas até impacientes por verem formar-se a roda. A fogueira dava estalidos festivos. O tempo prometia limpar. O concurso dos convidados engrossava cada vez mais. Enfim, em menos de um quarto de hora, bateu o pinho, e rompeu o samba de gosto.

Lourenço, tendo tomado uma pouca da cana,