Benzinho, quando te fores,
Escreve-me do caminho;
Se não achares papel,
Nas asas de um passarinho.
Assim, assim, Bernardina — disseram três ou quatro convivas, enfeitiçados do desembaraço, já conhecido, da filha do dono da casa.
A rapariga, requebrando-se senhorilmente, prosseguiu relanceando os olhos para o namorado, que a esse tempo, já tinha desamparado o terreiro e encostado a um canto o clavinote:
Da boca faze o tinteiro,
Da língua pena aparada,
Dos dentes letra miúda,
Dos olhos carta fechada.
Oh, que rapariga candeia! exclamou o Ignacio Macambira, sem poder conter o entusiasmo, acrescentado pela cana.
Bernardina prosseguiu:
Manjericão verde cheira,
Ele seco cheira mais;
Mulher que se fia em homem
Anda sempre dando ais.