Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/207

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Quando Francisco chegou com o filho à porta do casebre, achou aí da banda de fora o Victorino, o Tunda-Cumbe e um pardo de Goiana que tinha o oficio de sapateiro. A este último dizia o Tunda-Cumbe as seguintes palavras:

— Diga a seu Antonio Coelho que fico entendido do recado, que me mandou por você e daqui a pouco lá estarei.

O pardo, por nome Lauriano, saiu, e o Victorino dirigiu-se nestes termos a Manoel Gonçalves:

Seu Tunda-Cumbe , eu quero dizer-lhe os meus sentimentos. A Bernardina é solteira, mas já tem noivo. Por isso escusa andar vosmecê a fazer desordens na casa alheia por causa dela.

— Eu bem sei donde partem estas historias e por saber donde elas partem é que as suas palavras me entram por um ouvido e me saem pelo outro. Se a Bernardina tiver de ser minha, não há de ser nem você nem seus parceiros que tenham forças para o impedir. Não seja tolo, Victorino.

Dizendo estas palavras, Manoel Gonçalves ganhou a besta de um salto e tomou a correr, a caminho de Goiana.

— Que lhe disse eu, compadre? Observou