Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/236

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Pois sim; é para o que quiser. Sou pau para toda obra.

— Fica pois assentado que de hoje em diante andaremos de acordo nesta grande obra. Sim, senhor. Está decidido.

— Em cado de necessidade, por quem poderia mandar chamar-te?

— Por Lauriano.

— Podemos confiar nele?

— É um negro interesseiro, que odeia muito os nobres, porque de um deles foi escravo e provou muito bacalhão. Ele sabe onde há de procurar-me, nos dias em que não costumo vir à vila.

Antonio Coelho deu algumas ordens ao peixeiro, assaz agradáveis para este, por serem acompanhados de algumas moedas de prata.

Metido o dinheiro na algibeira do gibão velho que trazia, o Tunda-Cumbe retirou-se, levando consigo a convicção de que desde o momento em que fora autorizado a acrescentear o seu séquito, era ele tão poderoso chefe senão mais do que o próprio que a isso o autorizara.