Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/306

Wikisource, a biblioteca livre

Seu padre tem razão, respondeu Marcelina.

— Mas no engenho é que eles têm sede, observou Lourenço.

— Pois façam o que lhes parece melhor, tornou o sacerdote.

— O melhor é irmos para a casa grande enquanto é cedo, disse a cabocla.

— Verdade seja — acrescentou o rapaz — que eu devo estar junto de Germano, para ver esse negro o que faz. Vosmecê bem sabe porque é que eu digo isto, minha mãe.

— Está acertado. Vamos já.

— Adeus, Marcelina. Deus te abençoe, Lourenço, disse o padre Antonio, limpando a furto duas lagrimas que lhe apontaram nos olhos, e encaminhando-se para a estrada.

Daí voltou-se para dizer: - Escuta de lá, Lourenço. A chave da casa, na ocasião de sair, mando por debaixo da porta. Quando voltares do engenho, achá-la-has da banda de dentro. Senhor sim.

Uma hora depois Lourenço e Marcelina tomavam para o Bujari. Não se meteu muito que o padre Antonio com seu escravo José deixou como eles a estrada, seguindo porém diferente direção.