Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/311

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Eu tudo vi da casa grande, disse ele. Miserável!

E logo acrescentou, descobrindo umas cinquenta braças adiante de se o Tunda-Cumbe, já a perder-se de vista, pela veloz corrida do cavalo, por entre o mato com a Bernardina atravessada sobre as pernas:

— Ou tu me matas, ou tu morres!

— Ah! minha filha, minha querida filha! dizia Joaquina, carpindo-se na sua grande aflição. E onde está Marianinha? Ó Marianinha? chamou a agoniada mãe.

Dentre umas moitas emergiu então a alguns passos de Joaquina a rapariga, por quem ela acabava de chamar. Os matos tinham-lhe rasgado a coberta em que se envolvera na ocasião de fugir com medo do malfeitor.

Vinha chorando, e estava pálida, triste, tremula. Do grande susto o coração parecia querer sair-lhe pela boa. Ela semelhava rolinha espantada por tiro de caçador.

— Minha mãe! minha mãe! Que desgraça foi esta?

— Não podia ser maior, minha filha.

— Não fale assim, que ainda pode ser pior, minha mãe!