Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/389

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Não tinha ainda amanhecido de todo, quando as balas dos assaltantes já sibilavam pelas urupemas do sobrado de João da Cunha, como pelas enxárcias de navio no alto mar esfuziam as lufadas de atroz procela.

Porque fora esse o lugar escolhido para as primeiras honras do assalto? Porque, em vez de correr imediatamente à cadeia, forçá-la, quebrar-lhe os ferrolhos, soltar os sentenciados, tinha Luiz Soares tomado para o pátio do Carmo, deixando entrever a intenção de atacar a habitação do fidalgo antes do que qualquer outro ponto?

A resposta é fácil. Antonio Coelho sabia a hora precisa em que Luiz Soares teria de entrar na vila. Sabia o lugar onde essa entrada devia efetuar-se: era aquém do Tanquinho, e quase fronteiro ao oitão da igreja