Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/391

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a resistência, visto que nenhum dos outros, nem Cosme nem Filipe, nem Jorge Cavalcanti, nem Manoel da Lacerda, em uma palavra nenhum deles tinha gente para fazer frente a seus adversários. Então tudo tornar-se-ia fácil. O povo já estava solto; a vila abandonada por mais da metade dos habitantes pacíficos; seguir-se-ia a revolta como se seguiu. As tropas invasoras engrossariam com os subsídios que desse a insurreição, e tomariam sem perda de tempo o caminho do Recife, a fim de romper o cerco.

Estas foram as razões que publicou Coelho para autorizar o seu plano. Ele porém tinha a sua razão particular em querer que prevalecesse este a outros planos indicados pelo destemido Paraibano. O leitor já sabe qual ela seja. Acabar com João da Cunha era o seu fim, a sua preocupação de todo o instante. Acabado ele, poderia finalizar a guerra, que ele não teria por isso pesar nem descontentamento.

No momento em que, dando a volta da rua, descobriram os fidalgos, aos primeiros clarões da manhã, a vasta multidão, superior a seiscentos homens, uma idéia assaltou incontinenti o espirito de Bezerra. Com sua lúcida previsão