Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/395

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antiga aia, Marcelina e as mucamas. É, porém, certo que seus espíritos, alvoroçados com a eminência do perigo, não se deixaram lá ficar, antes vieram emparelhar-se a João da Cunha, vigiando sobre ele, estremecendo por sua existência, a qualquer detonação, a qualquer vibração suspeita de lhe ser ofensiva.

Quando se acharam sós, correram os três fidalgos às urupemas a examinar o aspecto do campo inimigo.

— Estais vendo, Felipe? Inquiriu Luiz Vidal.

— Que quereis dizer?

— Aquela mó de gente de negro que se move do lado de lá do cruzeiro?

— Estou vendo. São frades, ao que parece.

— São os próprios frades do convento — disse João da Cunha — que distribuem armas e munições pelos matutos esfarrapados e imundos. Oh! os frades, os frades do Recife e de Goiana têm tido grande parte nesta guerra!

Tendo dito estas palavras, o senhor-de-engenho deu o andar para descer.

— Para onde ides? perguntou-lhe Luiz