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Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/465

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Correu para ella tomado de subita alegria. As antigas reservas e aborrecimentos não lhe lembraram nesse momento. A presença da moça fora como um raio de luz que atravessara as densas sombras que enchiam o espirito do rapaz.

— Você por aqui, Marianninha?! Estou cansado de ver solidão, estragos e sangue. Onde está sua gente? Não ouço nenhum rumor, nem vejo ninguem na casa grande. Que quer dizer isto?

A primeira resposta da moça foram as lagrimas. Depois, em rapidas palavras ella contou toda a desgraça, ou antes a serie de desgraças de que o engenho fôra theatro momentos antes.

Ouvindo a funebre narração, Lourenço não soube o que dizer por alguns instantes. Ficou a modo de privado do uso da razão. O pezar, a colera, o desejo de vingar-se o tiveram entre o idiotismo e a loucura. O estado melindroso de suas faculdades augmentou ainda mais quando elle soube que no engenho não havia ninguem com quem contar para ir em soccorro dos que estavam precisando delle na villa. Alguns corpos sem vida era só o que restava das forças que tinham ficado para