- Aquilo é maluquice dele, mas tem razão no que diz dos padres.
- Maluquice resmungou Francisco Fidêncio, levantando-se de novo, e chegando à porta do corredor, gritou para a varanda:
- Então, nem um cafezinho hoje! Olhe que a gente não almoçou!
Cessou o ruído dos bilros, e a voz arrastada da Maria Miquelina respondeu lá de dentro:
- Pensei que vuncê não queria nada hoje. Está de burros, paresque!
A caseira já devia saber que, quando o fígado lhe não permitia comer, o Chico Fidêncio bebia muito café. Era a única coisa que o seu estômago suportava. Demais era carioca da gema. Era da terra do café. E quando estava danado, bebia café. No dia em que fora demitido de professor público no Pará, bebera mais de vinte xícaras desse líquido que prolongara a vida de Voltaire.
Voltou a passear a sala em todos os