Página:O missionário.djvu/164

Wikisource, a biblioteca livre

Passava outro quarto de hora... e de café, nem lembrança.

- Moleque, vem ou não vem esse café? perguntava o João Pinheiro.

E o moleque:

- Já vai já, sim, siô.

O viajante puxava o relógio, sentindo não ter tempo de esperar que fizessem o fogo.

Passava outro quarto de hora:

- O moleque do dianho, então esse marvado café não vem hoje?

- Já vai agora mesmo, meu siô.

O viajante levantava-se e despedia-se, farto de esperar.

- Este dianho de moleque, dizia o João Pinheiro, apertando a mão ao hóspede, esse dianho de moleque é assim mesmo.

E acrescentava muito aborrecido:

- Que vexame sair V.S.a sem beber café!

Montando a cavalo, o viajante ouvia ainda o moleque gritar lá de dentro:

- Já vai, sim, siô.