Página:O missionário.djvu/554

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bonito e tão esperto! Ele vai-se, eu, traste velho, é que fico! Coitadinho! Até parece que está dormindo!

E impressionado com a causa a que atribuía aquela morte tão sentida, repetia:

- Tudo foi ele ficar tão teimoso, a ponto de não querer tomar os remédios! Remédios tão bons e tão caros!

E num soluço dolorido:

- Pobre rapazinho! Tua mãe que está no céu há-de perguntar por que não tomaste os remédios. Mas que culpa tenho eu, fiz tudo, tudo.

O Valadão e o Fonseca agarraram-no, dando-lhe coragem:

- Tenha ânimo, homem! A morte é obra de Deus. Resigne-se e lembre-se que ainda tem outro filho!

O Cazuza aproximou-se do pai, pálido, sem lágrimas. Era uma dor forte. Filho e pai abraçaram-se junto ao cadáver de Totônio.

- Agora só me restas tu, meu filho. Desculpa o meu sentimento... mas ele também era filho.