de causar desgostos e inquietação a seus pais.
— Menino - dizia a senhora Antunes a seu filho, talvez já pela trigésima vez -, isto não vai bem. Não paras um momento perto de tua mãe e de teu pai, e não sais da casa da comadre Umbelina!... olha que tens de ser padre e um padre, que não quer senão estar perto das moças... não sei o que lhe diga... isso não te fica bem.
— Ora, mamãe!... pois que tem lá isso?... desde criança que estou acostumado a brincar com a Margarida! pois se eu tivesse uma irmã mais moça, não podia brincar com ela?...
— Ora faça-se de tolo!... como está inocente o meu filho!... então porque brincaste com ela em criança, podes brincar agora, e mesmo depois de padre poderás brincar ainda, como no tempo em que andavas em fraldas de camisa; não e assim?...
— Ah! minha mãe?... também eu... a falar a verdade...
Eugênio suspirou e não teve ânimo de prosseguir.
— Também eu o quê, meu filho?... acaba.
— Não tenho vontade nenhuma...
Eugênio empacou outra vez.
— Vontade nenhuma de quê?... desemperra essa língua; fala; não tenhas susto.