Página:O seminarista (1875).djvu/152

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Os seminaristas de Congonhas do Campo viam com certa surpresa e assombro ao anoitecer, depois que a sineta havia vibrado a hora do recolhimento, um de seus companheiros, pálido e abatido atravessar de braços cruzados e olhos baixos a longa fila de dormitórios, e encaminhar-se para o quarto do padre diretor e ali ficar largo tempo em íntima e misteriosa prática. Isto tinha lugar duas ou três vezes por semana.

Esse estudante, que antes de partir para as férias, tímido e acanhado ao princípio era por fim um menino travesso e brincalhão como os outros, ia-se tornando um moço cada vez mais tristonho e misantropo.

No passeio e recreação acompanhava os outros como um autômato, com os olhos ou pregados no chão ou alongados além pelos horizontes e