alma, e cobiçava ardentemente a glória sem par de empunhar a chave do sacrário, e de queimar o incenso aos pés do onipotente.
Eugênio, então entrado nos dezenove anos já não tinha o seu dormitório no salão dos meninos; pertencia à turma dos grandes, e dos que propriamente se chamam "seminaristas" ou candidatos ao sacerdócio: Como tal, tinha portanto o seu cubículo ou cela particular. Ali também entregava-se com fervor a contínuas práticas de devoção e ascetismo, e ajoelhado aos pés da imagem da Mãe de Deus, rezava longamente e deixava o seu espírito perder-se engolfado em santas e beatíficas contemplações, ou lia as páginas ardentes e sublimes de S. Jerônimo ou de S. Agostinho, e os seráficos escritos de S. Francisco de Sales e de S. Teresa de Jesus, tão perfumados de mística unção e de angélica piedade.
A estas práticas de devoção e piedosas leituras vinham se juntar estudos severos das matemáticas, de filosofia e teologia, que lhe iluminavam e robusteciam a inteligência; ao passo que a leitura assídua do Eclesiastes; do livro da sabedoria e dos provérbios de Salomão lhe confortava o coração, e o protegia contra os ataques das seduções e vaidades do mundo.