Página:O seminarista (1875).djvu/9

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atirando para trás dos ombros os negros e compridos cabelos, sacudiu do regaço uma nuvem de flores despencadas.

— Pois vamos lá com isso, Margarida, exclamou Eugênio, vindo ao chão de um salto, e ambos foram ajuntar as poucas vacas que ali andavam pastando.

— Arre! com mil diabos!... que bezerrada mofina! - exclamou o rapaz tangendo os bezerros. - Por que é que estes bezerros da tia Umbelina andam sempre assim tão magros?

Ora! pois, que é que você quer? mamãe tira quase todo o leite das vacas, e deixa um pinguinho só para os pobres bezerros. Por isso mesmo quase nenhuma cria pode vingar, e algum que escapa mamãe vende logo.

— E por que é que ela não te dá uma bezerrinha? aquela vermelhinha estava bem bonita para você...

— Qual!... não vê que ela me dá!... e eu que tenho tanta vontade de ter a minha vaquinha. Há que tempo Dindinha prometeu de me dar uma bezerra e até hoje estou esperando...

— Mamãe?... ora!... é porque ela se esqueceu... deixa estar, que eu hei de falar com ela... mas não, eu mesmo é que hei de te dar uma novilha pintada