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o sertanejo

     Não tardou que apparecesse a Justa, afflicta com o que tinha acontecido e ainda mais com as consequencias que dahi podiam resultar. Faltando-lhe o animo para apparecer naquella occasião ao capitão-mór, esperou que sahissem da meza.

     — Que foi o que aconteceu, meu Jesus de minha alma ? disse a sertaneja, correndo para D. Flor. Não foi sinão castigo, minha filha.

     — Castigo de que, mamãi Justa ?

     — Do pecado da soberba em que ei cahi esta manhã enchendo-me daquelle filho e da protecção de Nossa Senhora da Penha de França. Nunca a gente se deve gabar do favor de Deus e dos Santos ; mas deve-se fazer ainda mais humilde para merecer a sua graça. Foi o que me ensinou o sr. padre Telles e eu não fiz caso, para agora ser bem castigada.

     — Quem pecou por soberba não foi você, Justa, mas seu filho que chegou a desobedecer ao sr. Campello, coisa que até hoje nunca se tinha visto nesta fazenda  disse D. Genoveva.

     — Como isto foi, minha Mãe Santíssima, é que eu ainda não sei ! Elle que adora o sr. capitão-mór, e daria a vida para servil-o, como é que