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o sertanejo
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     — Eu que ali me criei nunca vim á Oiticica, porque elle não gostava de trato e communicações que o tirassem de seus habitos sertanejos.

     — E como consumia o tempo neste deserto ? perguntou o licenciado Ourem.

     — Quanto á isto não falta em que ocupar-se um homem activo ; acodiu o Daniel Ferro.

     — Basta a labutação da fazenda ; accrescentou o capitão Fragoso. Se não acredita, Ourem, eu o emprazo para Bargado.

     Voltando-se depois para o capitão-mór prosseguiu :

     — Sabendo do desamparo em que vae a minha fazenda resolvi passar ahi o inverno e vim com estes amigos assistir ás vaquejadas. Durante a minha estada conto prover o necessario, para tornar o Bargado ao estado prospero em que o deixou meu pai, que não é de rasão se perca tão rica herdade.

     Na continuação da pratica veio á fallar-se do Recife e das festas que houve pela chegada do Conde de Villa Flor :

     — Nunca mais se descobriu quem foi aquelle embuçado que se intrometteu no jogo da argolinha ? perguntou o capitão-mór.