Página:O sertanejo (Volume II).djvu/132

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O Beijú soltou um guincho que imitava perfeitamente o canto da saracura, e que estrugiu longe pela mata a dentro.

— Está direito. Quem falta agora? Rosinha!

— Que tem com ela? perguntou uma trêfega rapariga adiantando-se.

— Já sabe, moça. Quando o cavalo da dama passar, é de um pulo escanchar-se na garupa e segurar bem a dita, e tapar-lhe a bôca para não gritar.

— Fica ao meu cuidado.

— Bem; tudo está corrente. Agora, moita; vamos esperar que passe a comitiva, para cuidarmos cá da pessoinha. Quem piar, tem contas comigo. Toca a deitar. Corrimboque, vá ver se os cavalos estão com os focinhos bem apertados pelos embornais, e leve-os para bem longe.

Restabeleceu-se de todo o silêncio; e os emboscados permaneceram coisa de meia hora em completa mudez até que ouviu-se ao longe o tropel dos animais. Eram as duas comitivas já reunidas, que se aproximavam, e passando por diante do esconderijo, afastaram-se rapidamente.

— Agora temos umas três horas por diante. Podemos quebrar o jejum. Amigo Moirão, mande