Página:O sertanejo (Volume II).djvu/141

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O velho referiu então rapidamente a Arnaldo o que fizera.

Enquanto os bandeiristas agachados no mato espiavam a passagem da comitiva, Jó fôra aos alforges, tirara um caneco, enchera-o de aguardente em um dos odres; e esmagando entre os dedos ramas de tinguí, macerou-as depois dentro do espírito. Quando lhe pareceu que a tintura estava bastante forte, dividiu a aguardente pelas duas borrachas e teve o cuidado de as sacolejar.

Sabendo que a gente da escolta fôra tinguijada pelo velho, Arnaldo estremeceu:

— Envenenados? Todos?...

— Tontos apenas. Deixa-os dormir descansados, e daquí a uma hora acordarão um tanto moídos e nada mais.

— E a rapariga?

— Bebeu pouco.

— É preciso amarrá-la a ela e aos outros por segurança.

Jó apoderou-se de Rosinha embrulhando-lhe a cabeça na mantilha. Arnaldo foi à várzea, matou um boi e o esfolou com a rapidez e destreza