Página:O sertanejo (Volume II).djvu/150

Wikisource, a biblioteca livre

que me deve, Arnaldo, eu me queixarei a meu pai, para que êle o corrija.

Ditas estas palavras no mesmo tom severo e altivo, a donzela acabou de abater o sertanejo com um olhar de rainha e afastou-se, encaminhando o animal para a casa. Pouco adiante saltou da sela, e foi reunir-se à mãe que também acabava de apear-se.

Esta cena passou-se rapidamente, com um aparte ao movimento geral da desmonta. Entretidos consigo, os outros não perceberam a súbita ação de Arnaldo ao arrancar as flores, e o incidente que sobreveio.

Erguera-se o moço sertanejo com arrogância ao ouvir o nome do capitão-mór com que o ameaçou D. Flor, e acompanhou a donzela com um olhar de desafio, até que ela entrou em casa.

Então Arnaldo saltando de novo no sela, meteu as esporas no Corisco e disparou da ladeira abaixo.

Correu direito ao Bargado; ia resolvido a desafiar o Marcos Fragoso, matá-lo para vingar nele a humilhação que acabava de sofrer, e depois deixar-se matar para assim punir-se do crime de haver ofendido o melindre de D. Flor.